Desafios na gestão de horas extras: como reduzir riscos e custos trabalhistas
- Edson Pacheco
- 10 de set.
- 2 min de leitura

A gestão de horas extras é um dos pontos mais sensíveis para médias e grandes empresas. Mal administradas, elas aumentam significativamente o custo da folha e podem gerar passivos trabalhistas milionários.
Segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), as ações relacionadas a horas extras estão entre as principais demandas trabalhistas no Brasil. Isso mostra a importância de tratar o tema não só como questão legal, mas também como estratégia de eficiência e gestão financeira.
O impacto financeiro das horas extras
Custo adicional: cada hora extra representa, no mínimo, 50% a mais sobre a hora normal (CLT, art. 7º, XVI da CF/88). Em alguns casos, esse adicional pode chegar a 100%.
Efeito cascata: além do valor direto, horas extras refletem em férias, 13º salário, FGTS e encargos.
Aumento estrutural da folha: quando recorrentes, horas extras podem representar até 10–15% do custo total de pessoal em grandes empresas.
Principais desafios para o RH
1. Falta de controle efetivo
Funcionários que registram ponto manualmente ou gestores que liberam horas sem análise geram distorções difíceis de auditar.
2. Banco de horas mal aplicado
O banco de horas é uma alternativa válida, mas precisa seguir acordo coletivo ou convenção. Se usado de forma irregular, pode anular a compensação e obrigar o pagamento retroativo das horas.
3. Sobrecarga de equipes
Excesso de horas extras não é apenas custo — é também risco de queda de produtividade, aumento de absenteísmo e até afastamentos médicos.
4. Litígios trabalhistas
Falta de transparência e registros inconsistentes levam a processos. O TST entende que, em caso de dúvida, a presunção é sempre em favor do trabalhador.
Exemplos práticos do dia a dia do RH
Colaboradores que “esquecem” de bater ponto: se não há registro, a empresa perde a defesa em eventual ação.
Gestores que aprovam horas sem justificativa: gera acúmulo de custos sem contrapartida de produtividade.
Compensações fora da regra: quando banco de horas não é compensado no prazo legal, a empresa é obrigada a pagar com adicional.
Boas práticas para reduzir riscos e custos
Automatizar o controle de ponto com sistemas integrados ao RH e à folha.
Definir políticas claras para solicitação e aprovação de horas extras.
Treinar gestores para avaliar a real necessidade antes da liberação.
Acompanhar indicadores: quais áreas mais demandam horas extras e por quê.
Criar alternativas de produtividade: redistribuição de tarefas, reorganização de turnos e escalas inteligentes.
Conclusão
As horas extras são inevitáveis em alguns momentos, mas devem ser exceção — não regra. Para médias e grandes empresas, uma gestão eficiente pode representar milhões em economia anual, além de reduzir riscos jurídicos.
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