Registro de ponto: tudo o que sua empresa precisa saber
- Edson Pacheco
- 10 de set.
- 2 min de leitura

O registro de ponto é uma das rotinas mais críticas dentro do RH de médias e grandes empresas. Além de garantir a conformidade legal, ele protege a organização contra passivos trabalhistas e assegura que a jornada dos colaboradores seja cumprida de forma justa.
Mas, afinal, o que a lei exige? Quais são os tipos de registro de ponto aceitos pelo Ministério do Trabalho? E como grandes empresas podem evitar erros comuns nesse processo?
O que diz a legislação brasileira sobre registro de ponto
Obrigatoriedade: empresas com mais de 20 colaboradores precisam manter controle formal da jornada de trabalho (CLT, art. 74).
Sistemas aceitos: manual, mecânico ou eletrônico (REP).
Digitalização: desde a Portaria 671/2021, o uso de sistemas eletrônicos e digitais ganhou regras mais claras, como REP-C (convencional), REP-A (alternativo) e REP-P (programável).
🔎 Destaque: segundo o MTE, falhas no registro de ponto estão entre as principais causas de multas em fiscalizações trabalhistas.
Tipos de registro de ponto: vantagens e desvantagens
1. Manual ou mecânico
Vantagens: baixo custo, simplicidade.
Desvantagens: suscetível a fraudes e erros de apuração; pouco escalável para grandes empresas.
2. Eletrônico (REP-C)
Vantagens: atende exigências formais; armazenamento físico das marcações.
Desvantagens: custos elevados de manutenção; pouca integração digital.
3. Alternativo (REP-A)
Vantagens: flexível, integrado a softwares; pode ser homologado por acordo coletivo.
Desvantagens: exige formalização sindical; pode gerar dúvidas jurídicas se não for bem implementado.
4. Programável (REP-P)
Vantagens: previsto pela Portaria 671/2021; integração com nuvem e APIs; ideal para médias e grandes empresas.
Desvantagens: precisa de homologação e conformidade tecnológica.
Principais desafios em empresas de médio e grande porte
Escalabilidade: milhares de registros por dia exigem sistemas robustos.
Integração: o ponto precisa conversar com folha de pagamento, ERP e sistemas de RH.
Segurança jurídica: inconsistências geram passivos trabalhistas de alto custo.
Gestão de equipes híbridas e externas: com trabalho remoto e de campo, os sistemas precisam ser flexíveis (ex.: registro via app, biometria ou geolocalização).
Auditoria e compliance: empresas de grande porte precisam garantir rastreabilidade e relatórios em conformidade com fiscalizações.
Boas práticas para um controle de ponto eficiente
Adote tecnologia homologada pelo MTE para evitar riscos.
Defina regras claras para horas extras, atrasos e compensações.
Automatize relatórios para reduzir erros manuais e agilizar auditorias.
Capacite gestores e RH sobre os diferentes tipos de REP.
Negocie acordos coletivos que tragam flexibilidade, sem perder a conformidade.
Tendências: o futuro do registro de ponto
Integração via APIs: conectando registro de ponto diretamente a ERPs e plataformas de gestão.
Inteligência artificial: identificação de padrões de absenteísmo e alertas automáticos.
Biometria avançada e reconhecimento facial: mais segurança contra fraudes.
Soluções em nuvem: centralização de dados e acesso em tempo real.
Conclusão
Mais do que cumprir uma obrigação legal, o registro de ponto é uma ferramenta estratégica para a gestão de pessoas. Quando bem estruturado, ele reduz riscos trabalhistas, aumenta a transparência e melhora a eficiência operacional da empresa.
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